Lançado em Austin, SP2B quer ser a SXSW brasileira

2025-03-10 HaiPress

Lançamento do SP2B em Austin,no Texas — Foto: Divulgação

RESUMO

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GERADO EM: 09/03/2025 - 22:33

SP2B: São Paulo se Transforma no Maior Festival de Inovação da América Latina

O SP2B,inspirado no SXSW de Austin,será o maior festival de inovação e criatividade da América Latina,transformando o Parque do Ibirapuera em São Paulo em um centro de discussões sobre tecnologia,música e cinema. Com 700 painéis e 2 mil palestrantes,o evento busca reposicionar São Paulo como uma metrópole criativa,destacando a criatividade como motor da inovação.

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Por oito dias,o Parque do Ibirapuera vai virar palco do maior festival de inovação e criatividade da América Latina. O SP2B,dos mesmos organizadores da Rio2C,quer replicar na capital paulista o modelo do SXSW,feito desde a década de 80 em Austin,no Texas.

Rio2C em 2024: evento de criatividade e inovação teve mais de 1.600 palestrantesNa SXSW: desafio da comunicação entre humanos,máquinas e novas criaturas orgânicas foi tema central

O lançamento oficial da SP2B foi feito neste domingo na Casa São Paulo,um dos pontos de encontro dos participantes da SXSW na cidade americana. De 9 a 16 de agosto de 2026,serão 700 painéis em 26 palcos,que devem reunir mais de 2 mil palestrantes em 800 horas de conteúdo — incluindo temas como tecnologia,startups,música e cinema.

Na “batalha de pitches”,em que startups e empreendedores apresentam suas ideias e negócios para tentar convencer investidores,o ganhador vai levar um cheque de R$ 1 milhão — o maior prêmio desse tipo entre os eventos de inovação que acontecem no Brasil. Mas o evento também

Rafael Lazarini,CEO e fundador da SP2B — Foto: Divulgação

A escolha de lançar o evento brasileiro em Austin não foi por acaso. Rafael Lazarini,CEO e fundador da SP2B,bem que tentou fazer uma franquia da SXSW em São Paulo,mas após três anos de negociações,não deu certo. O conselho do evento não achou que era hora de colocar o pé no Brasil — e talvez um motivo para isso seja que os brasileiros viraram parte fundamental do evento em Austin,como uma das maiores delegações.

— O SP2B não é uma franquia do SXSW mas tem muito do DNA que estamos fazendo,a conectividade que queremos replicar numa cidade bonita,diversa e caótica como São Paulo — diz Lazarini,que frequenta o festival americano há 20 anos. — A missão do evento é reposicionar a imagem de São Paulo como uma força criativa. As metrópoles mais interessantes do mundo,as mais cosmopolitas,deixaram a imagem de centro financeiro há muito tempo,como Nova York.

A proposta da SP2B é uma abordagem 'humanística' da tecnologia,diz o fundador — não é centrar em como a tecnologia funciona,mas como ela impacta a sociedade e quem a produz.

— Na codificações ou na música,são processos criativos. É possível inovar sem tecnologia,mas não sem criatividade. A mãe da inovação é a criatividade,não a tecnologia — diz Lazarini.

Ele não esconde que foi frustrante a decisão da SXSW de não franquear a marca para o Brasil.

— Foram três mulheres que me convenceram que a gente já tinha avançado tanto nos planos que valia a pena fazer o nosso próprio evento — conta ele,citando Marilia Marton,secretária de Cultura do estado de São Paulo,Manzar Feres,diretora de Negócios Integrados em Publicidade da Globo,e Tracy Mann,a representante da SXSW na América Latina.

A secretária de Cultura,o secretário de Planejamento Econômico do estado,Jorge Lima,e o secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade de São Paulo,Rodrigo Goulart,também participaram do evento de lançamento em Austin.

— O governador Tarcísio de Freitas põe pilha na gente para melhorar e levar mais coisas para nosso estado — disse Marton.

Apesar da negativa para o Brasil,a SXSW tem duas franquias no mundo. Já acontece uma versão australiana,em Sidney,e haverá também uma versão londrina.

— Meu receio era que o evento competisse com o festival de Austin se desse muito certo ou que machucasse a marca se desse errado. O que aprendemos é que não dá para simplesmente replicar Austin,tínhamos que trazer a personalidade de Sidney também,as nossas próprias esquisitices — diz Andrew Watt,representante da SXSW Austrália e Nova Zelândia. — É uma cidade de beleza natural,de praia,não tínhamos como não incluir isso. O evento acontece na área litorânea,portuária.

Em Londres,com a força da indústria da moda na Europa,esse conteúdo ganha espaço.

— Vestuário,joias,calçados são temas relevantes para o mercado em que estamos e que a audiência tem interesse. Também queremos fazer um evento acessível,não só de incluir públicos mas que eles se sintam bem — diz Sam OShaughnessy,chefe de parcerias da SXSW Londres. — Os eventos podem ser muito elitistas. Você está doido para ir,investe para ir,estar naquele ambiente prestigiado,com celebridades,e quando vai se sente estranho. Não queremos isso.

Uma característica do festival texano que se repete em suas franquias e vai caracterizar também o festival paulistano é o número de atrações acontecendo ao mesmo tempo — o que inevitavelmente leva o público a escolhas difíceis. A dica de Watt é fugir do óbvio.

— Se você é de marketing,não vá aos painéis de marketing. Saia da sua zona de conforto,do seu conhecimento,da sua lógica. Uma artista australiana com quem eu conversava comentou como o evento de Austin foi ótimo para ela se tornar mais conhecida e para aprender sobre…viagens espaciais — exemplifica.

OShaughnessy lembra quando assistiu a uma então novata chamada Amy Winehouse cantar "Back to Black" numa sala com menos de 200 pessoas na SXSW. Música,aliás,será um tema relevante no SP2B.

*A jornalista viajou a convite da SP2B

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