2024-10-28
HaiPress
De Drácula a Frankenstein: conheça os castelos medievais que escondem segredos obscuros — Foto: Reprodução
Os fãs de histórias de terror podem visitar alguns dos castelos mais assombrados e aterrorizantes da Europa. As lendas sobre os crimes cometidos nesses locais e a visita de fantasmas que buscam vingança ainda arrepiam os moradores,mas os turistas que adoram esses relatos e mitos vão aproveitar o passeio por passagens secretas,cavernas com morcegos,salas de tortura medievais e as supostas moradas de Drácula e Frankenstein.
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Naturalmente,o castelo do conde Drácula ocupa o primeiro lugar entre os destinos escolhidos pelos amantes do terror. O lema do Castelo de Bran – esse é seu nome original,embora poucos o chamem assim – é “Real de dia,assombrado à noite”,pois seu proprietário é o idoso arquiduque da Áustria,Dominic de Habsburgo-Lorena Hohenzollern e Bourbon,que o herdou de sua mãe,a princesa Ileana da Áustria,com quem viveu no castelo durante a infância.
O impressionante palácio foi construído na cidade de Bran em 1377 e,embora Drácula nunca tenha vivido ali,Bram Stoker narrou em sua famosa novela que o misterioso conde que se alimentava do sangue de suas vítimas vivia em um castelo no alto de uma montanha,ao lado de um rio,na Transilvânia.
Castelo de Bran é popularmente conhecido como a residência que abrigou o Conde Drácula — Foto: Reprodução
O personagem,que ao longo da história foi confundido com Vlad Tepes,chamado de o Empalador,um governante despótico e sanguinário da vizinha Valáquia,nunca viveu naquela construção. Mas,como o Castelo de Bran é o único que coincide com as características e localização,acredita-se que suas imagens tenham inspirado o escritor irlandês,que também nunca esteve na Romênia.
No local,são oferecidas várias atividades apenas para os corajosos. O Túnel do Tempo é apresentado como o único elevador que sobe para a história e desce para o futuro. Quando a rainha Maria da Romênia se tornou proprietária do castelo,em 1930,ela mandou construir um elevador elétrico. No entanto,quando a família real foi despojada do local em 1948,ele foi esquecido. Apenas há dez anos foi restaurado e transformado em uma experiência multimídia aterrorizante.
Além disso,no quarto andar há uma exposição permanente chamada "A história dos medos na Transilvânia",que explora a escuridão da noite,a solidão dos cemitérios e das tumbas,os morcegos,as casas sombrias e abandonadas,e todos os personagens assustadores,desde o lobisomem até o conde Drácula. O horário de visita no inverno europeu é de segunda a sexta,das 12h às 16h,e nos finais de semana,das 9h às 16h.
O Castelo de Edimburgo,na Escócia,foi erguido no século XII sobre rochas vulcânicas no centro da cidade e,embora tenha sido atacado 26 vezes,ainda permanece de pé entre penhascos,sendo o lugar mais visitado da Escócia. Funcionou como fortaleza militar,residência real (lá viveram monarcas como Margaret,David I,James IV,Maria da Escócia e seu filho James VI) e prisão de guerra entre 1757 e 1814. Portanto,as escadas de pedra pelas quais os visitantes sobem são as mesmas por onde passaram reis,rainhas,soldados e até alguns piratas.
Castelo de Edimburgo — Foto: Reprodução
Conta a lenda que um gaiteiro foi obrigado a entrar tocando seu instrumento nos passadiços secretos que foram descobertos sob o castelo,enquanto seus sons eram ouvidos da superfície. E,mesmo contra sua vontade,entrou e nunca mais saiu. Desde então,sua alma permanece presa entre os muros medievais,e alguns dizem que escutam os sons de sua gaita,lamentando-se em tormento
Atualmente,podem ser visitados o Grande Salão,onde se realizavam os banquetes reais – com seu famoso teto de madeira construído sob ordem do rei James IV –,a Capela da rainha Mary – onde ainda se celebram casamentos e batismos –,os Apartamentos Reais e a Sala da Coroa (onde estão as joias mais antigas do Reino Unido),o Museu Nacional de Guerra e as prisões.
Um dos vitrais de Edimburgo — Foto: Reprodução/La Nacion/Mariana Eliano
Também há uma exibição imersiva chamada “Luta pelo castelo”,uma dramatização da história do local durante as guerras de independência da Inglaterra,e uma mostra de armas medievais encontradas na região.
O castelo abre suas portas todos os dias,das 9h30 às 17h. Às 13h,realiza-se o disparo do canhão,como acontece todos os dias (exceto domingos e feriados religiosos) desde 1861.
O Palácio Nacional de Mafra,a cerca de 30 km de Lisboa,é o complexo arquitetônico barroco mais importante de Portugal,composto por um palácio real,um convento franciscano,uma basílica – localizada no centro da fachada de 250 metros – e um bosque.
Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra,antigamente chamado de Convento de Mafra,que inspirou o romance 'Memorial do convento',de José Saramago Turismo de Portugal / Divulgação — Foto: O Globo
O palácio foi construído no século XVIII por ordem do rei João V,o Magnânimo,para celebrar o nascimento de sua primeira filha com a rainha Maria Ana da Áustria,e possui duas torres nas extremidades,uma para cada um deles,unidas por um corredor de 232 metros. Foram usados calcário,madeira do Brasil,tapeçaria flamenga e obras de arte italianas. A biblioteca,considerada uma das mais belas do mundo,também pode ser visitada,embora apenas por leitores.
Os mitos que cercam a história deste castelo dizem que ele é habitado não só pelos espíritos daqueles que trabalharam e morreram durante sua construção,mas também por ratas mutantes que viveriam nos túneis subterrâneos. Assim conta uma antiga história: “Ratas gigantes,monstros devoradores de homens que habitam os quatro andares inferiores do Convento de Mafra.
Palácio Nacional de Mafra,em Portugal — Foto: Reprodução
São cegas,pois a luz não penetra nas profundezas onde vivem. São tantas que,para exterminá-las,seria necessário evacuar a cidade de Mafra e seus arredores,pois essas temíveis bestas subiriam à superfície e devorariam tudo o que encontrassem. Muitos dos que desceram aos fundos do convento não voltaram para contar o que viram.”
Apesar das histórias assustadoras,visitantes de todo o mundo chegam para conhecer o magnífico monumento barroco,que foi declarado Patrimônio Mundial em 2019. O horário de visita é de quarta a segunda,das 9h30 às 17h30 (entrada até as 16h45).
O Castelo de Predjama,na Eslovênia,é conhecido como o maior castelo do mundo construído em uma caverna rochosa,a mais de 120 metros de altura. Foi lar de Erasmo Luegger,o famoso cavaleiro filho do governador de Trieste,que resistiu heroicamente durante um ano ao cerco das poderosas tropas do Império Austríaco,escapando por passagens secretas para roubar alimentos,até que um de seus servos o traiu. Desde então,diz-se que o fantasma do “Robin Hood esloveno” vaga pelo castelo em busca de vingança.
Castelo de Predjama,na Eslovênia — Foto: Reprodução
No castelo,construído no século XVI,podem ser visitados os passadiços medievais,a sala de armas,a sala de torturas,a cozinha e a capela,no horário das 10h às 16h durante o inverno europeu. Debaixo do castelo,encontra-se outra caverna de quatro andares de altura,habitada desde a Idade da Pedra e hoje ocupada por morcegos,que pode ser visitada apenas no verão (devido à hibernação dos morcegos) de duas maneiras: turística ou em uma experiência de aventura com guias.
Segundo o site do castelo,uma equipe do Discovery Channel que filmava um documentário encontrou fantasmas no local. Apesar disso,muitos casais escolhem o castelo para realizar seus casamentos por considerá-lo “muito romântico”.
A apenas 15 km de Amsterdã,o Castelo de Muiderslot tornou-se famoso não apenas por sua beleza digna de um conto de fadas,mas também por seu lado sombrio. Segundo a lenda,o fantasma do conde Floris V,que ordenou sua construção no final do século XIII,continua a rondar o castelo desde que foi assassinado aos 24 anos pelo velho conde de Clermont,ciumento porque sua jovem esposa o aplaudiu muito no Torneio de Corbies.
Castelo de Muiderslot,nos Países Baixos — Foto: Reprodução
O castelo,que se ergue imponente no município de Muiden e junto ao rio Vecht,mantém seu fosso protetor,seus muros e suas torres. No século XVII,o famoso escritor P. C. Hooft instalou-se ali e ordenou o paisagismo do jardim com um labirinto.
No século XVIII,funcionou como prisão e depois foi abandonado,até que a coroa neerlandesa o comprou para instalar um dos primeiros Museus Nacionais,em 1878. Atualmente,podem ser visitadas as salas,os quartos e a cozinha: algumas foram decoradas para evocar como se vivia na Idade Média,e outras,na época de Hooft.
O castelo está aberto para visitação o ano todo (de segunda a domingo,das 10h às 17h) com exposições de falcoaria e caça ao tesouro para crianças. No entanto,as visitas guiadas mais populares são as realizadas na Noite de Halloween. Além disso,o local recebe concertos e festivais de teatro,poesia e leitura há quatro séculos.
O Castelo de Frankenstein foi construído no topo de uma montanha em 1240 por Lord Konrad Reis Von Breuberg,que decidiu batizar o local – e adotar o sobrenome – de Frankenstein (Frank é uma antiga tribo germânica e stein significa pedra). Seu habitante mais notório foi o alquimista Johann Conrad Dippel,que experimentava com cadáveres para preparar um elixir que concedesse a vida eterna. Somente em 1814 a escritora Mary Shelley – que publicou seu famoso livro em 1818 – visitou a região.
Castelo do Frankenstein é local de uma das mais famosas celebrações de Halloween do mundo — Foto: Reprodução/Michael Leukel
O local,que após várias disputas legais foi usado como hospital,ficou abandonado no século XVIII. Somente no século seguinte teve início sua restauração,considerada “historicamente incorreta” por causa de suas belas torres. Desde que foi aberto para visitantes,há quem diga que sente algo “sobrenatural” em seu interior,especialmente quando servem refeições com nomes de monstros no charmoso restaurante.
Cena de "A noiva de Frankenstein" — Foto: Divulgação
Após a Segunda Guerra Mundial,os soldados americanos que estavam nas casernas de Darmstadt realizaram pela primeira vez um Festival de Halloween,que em 1978 foi transferido para o Castelo de Frankenstein e,desde então,é celebrado todos os anos. Essa festa de Halloween,que vai até 6 de novembro,tornou-se uma das mais populares do mundo.
As origens das comemorações de Halloween,celebradas todo 31 de outubro,remontam a um antigo festival celta de mais de 2000 anos conhecido como Samhain (fim do verão),que coincidiu com o final da temporada de colheita na Irlanda e Inglaterra.
Spooktacular,o Halloween família do SeaWorld Orlando,é ideal para crianças e acontece durante o horário de funcionamento normal do parque — Foto: Divulgação
A palavra Halloween é uma versão abreviada da frase All Hallows' Evening (A Noite de Todos os Santos).
Os antigos celtas acreditavam que com a chegada de Samhain,espíritos bons e maus poderiam passar para o mundo dos vivos para visitar suas antigas moradias. Supõe-se que o uso de máscaras servia para afastar os espíritos malignos ou para que as pessoas não fossem reconhecidas. Também realizavam banquetes nos túmulos de seus ancestrais.
Halloween atrai cada vez mais as crianças brasileiras — Foto: Freepik
Os ritos sagrados tinham,em sua origem,um caráter purificador e religioso,entre os quais estava a comunicação com os mortos,ajudando-os a encontrar seu caminho ao colocar velas acesas nas janelas. Acendiam-se fogueiras no topo das colinas para afastar os maus espíritos.
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Flávia Alessandra reencarna Cristina,de Alma Gêmea,para Baile de Halloween — Foto: Reprodução/Instagram
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Jade Picon fantasiada de Cleópatra — Foto: Reprodução/Instagram
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Giovanna Ewbank como Bela do filme "Pobres criaturas" — Foto: Reprodução/Instagram
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Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank encarnaram os personagens de "Probre criaturas" — Foto: Reprodução/Instagram
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Fantasia de Patricia Poeta — Foto: Reprodução/Instagram
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A campeã do "BBB" Thelma no Halloween — Foto: Reprodução/Instagram
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Paolla Oliveira no Halloween — Foto: Reprodução/Instagram
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A ex-"BBB" 24 Isabelle Nogueira no Halloween — Foto: Reprodução/Instagram
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A ex-"BBB" 24 Beatriz no Halloween — Foto: Reprodução/Instagram
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Tati Machado como Mulher Elástica de "Os incríveis" — Foto: Reprodução/Instagram
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Bianca Andrade vestida de Willy Wonka — Foto: Reprodução/Instagram
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