2024-10-22 HaiPress
Pedrinho assumiu o controle da SAF do Vasco,após o afastamento da 777 Partners — Foto: Dikran Sahagian
GERADO EM: 22/10/2024 - 03:20
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
A seguradora americana A-Cap tem até o final de outubro para aportar recursos para a venda de 39% das ações da 777 que estão à venda na SAF do Vasco.
O clube,que possui 30%,mas está no controle da SAF por liminar na Justiça,aguarda o aporte nos próximos dez dias,caso contrário pode recomprar o percentual da 777 por R$ 1mil,simbolicamente.
Se a A-Cap encontrar um comprador,impede a recuperação judicial do Vasco,o controle é retomado,e acaba a briga na Justiça,paralisada durante o processo de arbitragem da Fundação Getúlio Vargas.
Caso o percentual da 777 não seja vendido,uma vez que a A-Cap se manteria com 30% e o novo comprador não teria o controle da SAF,a arbitragem seria retomada e o caso se arrastaria.
A tese do Vasco é de inadimplemento antecipado,ou seja,de que a 777 não teria condições de fazer o aporte previsto para setembro,e por isso o contrato deveria ter os efeitos suspensos.
Com a decisão liminar favorável,o clube associativo presidido por Pedrinho tomou o controle da SAF. Se a A-Cap não fizer o aporte,a tese do Vasco se confirma e o clube retoma a maioria das ações.
Assim o Clube de Regatas Vasco da Gama fica com 70% e a A-CAp com 30% até a chegada de um novo interessado na compra da SAF.
A expectativa é que novos interessados surjam,mas a A-Cap indicou que não quer controlar o futebol e que não vai colocar "dinheiro bom" no negócio.
Caso haja uma negociação com terceiros a seguradora não teria que colocar os recursos sob a mesa e ainda poderia vender o direito de controle,o que seria mais atrativo do que a situação atual.
A demora para o fechamento de um novo acordo indica que a negociação neste modelo está difícil. O Vasco conversa com o BTG para obter um empréstimo,mas não quer perder o controle da SAF.
Nesse cenário,o Vasco teria que vender 60% das ações para ficar com 10% em um novo acordo e a A-Cap com os mesmos 30%. Diante dos problemas do clube e da 777,o risco pode afastar bons compradores.